A indústria de Cannabis: O Alvo da aliança entre Apple e Amazon

Big Techs, tais como Facebook e Google, rejeitaram por anos a ideia de admitir a licitude da maconha industrial.

Aconteceu uma coisa não muito comum no verão passado – uma das maiores companhias do planeta alterou suas políticas discretamente em benefício da cannabis – a Apple. Como consequência, se aliou à Amazon como uma organização global favorável a uma reforma política que abriria um comércio legal da maconha nos EUA.

Grandes companhias de tecnologia, por exemplo o Facebook e a Google, se negaram a admitir a legalidade da cannabis industrial, nem sua licitude para fins recreativos ou medicinais. Por fim, a Apple se opôs a esse movimento. As letras pequenas do “App Store Review Guidelines” certificavam que os apps próprios de venda e entrega de maconha recreativa e medicinal em termos legais são permitidos na loja virtual da empresa – App Store.

De outro modo às notícias vistas há pouco tempo da Uber, NFL, Amazon e outros empreendimentos tradicionais, revelando uma postura assertiva relacionada à cannabis, a empresa não fez uma forte divulgação de que isso havia ocorrido.

O eleitorado americano está tendo uma mudança de posicionamento sobre a legalização da cannabis de uma forma rápida e dramática. Segundo o levantamento Gallup mais atualizado, 68% do eleitorado dos EUA é a favor de algum tipo de legalização. Há também um incentivo maior com a publicação da Lei de Administração e Oportunidade feita pelo senador Chuck Schumer (D-NY), líder da maioria no Senado norte-americano, pelo presidente do Comitê de Finanças do Senado Ron Wyden (D-OR) e senador Cory Booker (D-NJ).

À frente no intuito de cooperar com empresas de tecnologia como a Apple na atualização das políticas para se pensar na adesão generalizada, estão especialistas em tecnologia financeira da Artis Intel. Adair Lion, co-criador e CMO das Artis, diz: “Como uma empresa fintech na vanguarda do desenvolvimento em cannabis e varejo, as mudanças na política da Apple são uma mudança monumental na maneira como nossa sociedade faz transações móveis”.

Quando há modificação de comportamentos e políticas por representantes políticos e companhias da Fortune 100 para afeiçoar-se a algo que já foi considerado proibido ou fora da lei, a razão e a emoção dos estadunidenses passam por transformação. Pode-se dizer que há mudança de ares. Essa forma de influência é que determina o comportamento que se impõe. Reflita no início de Babe Ruth e do beisebol, em que os jogadores fumavam no banco de espera e as propagandas de cigarros eram abundantes. Ou, nos dias atuais, a adesão da Tesla e seu fundador Elon Musk ao Bitcoin, o que teve influência para que mais pessoas aderissem à criptomoeda e seu preço disparasse.

As letras pequenas da atualização da política da Apple asseguram que os apps comprometidos com a venda de maconha são próprios para pessoas jurídicas com a licença específica e dentro da legalidade. Isso exige bastante atenção às tecnologias e regulação e é nesse quesito que uma empresa fintech como a Artis – de software – vem a ser importante. A maneira como o consumidor se comporta traz a necessidade de ferramentas tecnológicas de pagamento digital incorporadas. Ocorreu um desenvolvimento discreto em soluções de pagamento e soluções tecnológicas para o mercado de cannabis e fornecedores de serviços complementares. Este resultado se dá pela ilegalidade federal e pela atividade comercial da maconha ser fragmentada.

As adaptações feitas à política da Apple exemplificam a inovação e preocupação com os pormenores que a Artis fornece à atividade comercial da maconha. O trabalho de profissionais especializados é, sem dúvida, o que é preciso para incentivar a cannabis no mainstream. Essas são as peças do quebra-cabeças, os detalhes fundamentais, que trazem esperança de uma legislação maior, como a Administração de Cannabis e a Lei de Oportunidades.