Pesquisa do Instituto XP com a Nova Escola mostra, no entanto, que profissionais não se sentem preparados para abordar o assunto.
Um levantamento do Instituto XP com o apoio da Nova Escola, divulgado hoje, dia 17, revelou que 70% dos professores das escolas públicas creem que a educação financeira é uma disciplina transversal que pode ser ensinada em sala de aula.
A maioria dos entrevistados (95%) disseram que as crianças devem aprender mais sobre esses assuntos para que possam se auto-organizar nas finanças desde novos. A introdução da disciplina desde o ensino fundamental (6 aos 14 anos) poderia colaborar para diminuir o ciclo de pobreza do país, conforme 30% dos educadores perguntados.
No entanto, incorporar a educação financeira ao currículo escolar não parece tão simples. A pesquisa também revelou que 30% dos educadores não se sentem preparados para discutir o tema, e apenas 23% já foram expostos a temas financeiros.
Mais da metade introduziu a educação financeira em horários específicos da aula, de forma aleatória sem planejamento. No entanto, este tema nunca foi introduzido por parte de um terço devido à falta de ferramentas e conteúdo estruturado.
Com base em pesquisas, o Instituto XP e a Nova Escola, plataforma de impacto social no setor educacional, lançaram o Projeto de Educação Financeira para o ensino fundamental, programa gratuito de educação financeira para educadores da rede pública de educação.
A meta é formar 350 mil professores nos próximos três anos
Danielle Brandão, coordenadora pedagógica da Nova Escola, disse: “Além de beneficiar as famílias dos alunos expostos ao tema, a educação financeira tem um papel fundamental na mudança da mentalidade e na saúde financeira dessas famílias no futuro”.
O estudo foi realizado com 1.067 professores da rede pública de ensino que possuíam diploma mínimo de Pedagogia ou ensino superior incompleto. A maioria tem 40 anos ou mais e 61% são professores generalistas, responsáveis por diversas disciplinas.
Do dia 9 de novembro a 15 de dezembro de 2021, a Nova Escola junto ao Instituto Biomma coletou dados de indivíduos do sexo masculino e feminino maiores de 18 anos. O índice de confiabilidade é de 95% com 3 pontos percentuais ou mais de erro.
Fonte: Forbes, 18/02/2022
